Spalatino, Georg Burkhardt
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Georg Burkhardt (Spalatino, Spalatin ou Spalatinus) nasceu em 17 de Janeiro de 1484 em Spalt, na Bavária, perto de Nurenberg, Alemanha. Enquanto estudante, Spalatino estabeleceu contato com humanistas, e seguiu seus costumes escolhendo seu último nome de forma a identificar sua cidade natal - Spalt. Em 1505 se juntou ao círculo de humanistas liderado pelo erudito alemão Mutianus Rufus e no mesmo ano começou a lecionar no Monastério de Geogenthal. Foi ordenado padre, estudou em Erfurt e Wittenberg, sendo um dos primeiros Mestres em Artes a se graduar em Wittenberg,. Foi em Wittenberg que encontrou Lutero pela primeira vez. O Príncipe Eleitor, Frederick III The Wise (o Sábio) da Saxônia, contratou o emergente e jovem erudito com tutor de seus descendentes. Spalatino mostrou tanto bom-senso e erudição que Frederick o fez seu secretário e bibliotecário, ambas prestigiosas e importantes posições, nas quais ele iria aconselhar o Príncipe e pesquisar os registros oficiais e leis. Da corte, ajudava a sua Alma Mater, ou a escola onde se graduou – Universidade de Wittenberg.
Spalatino foi um bom amigo de Lutero e da Reforma
Mesmo que tivesse desejado, Spalatino não poderia escapar das idéias da Reforma, pois estavam no ar que respirava. Erasmo de Rotterdam havia cutucado com humor e ironia os excessos de uma igreja corrupta. Quando Spalatino retornou par Wittenberg em 1511, Lutero (que ainda não tinha cravado suas noventa e cinco teses) o impulsionou a um ritmo de estudo mais aprofundado da Bíblia. Spalatino conseguiu transmitir a sua admiração por Lutero ao Príncipe Eleitor, e em 1518 o persuadiu a proteger Lutero durante a controvérsia sobre as indulgências.
Spalatino foi um defensor da Reforma quando a hora chegou. Historiadores têm concordado com o fato de que a Reforma provavelmente não teria sobrevivido sem a sua ajuda e suporte. Valeram ouro os seus conselhos a Frederick III. Como seu secretário e confidente, conselheiro, bibliotecário, historiador, arquivista e comprador de relíquias, Spalatino foi hábil em falar favoravelmente de Lutero. Frederick era pessoalmente alinhado com a Igreja Romana, mas ao mesmo tempo, deu cauteloso apoio a Lutero.
Uma das manobras políticas de Spalatino em favor do persistente Lutero, foi convencer o Príncipe a negociar com a Igreja a permissão para que o reformador respondesse as acusações da Igreja diante da Dieta (Congresso) Alemã. Graças a isso, Lutero sobreviveu para levar adiante a Reforma. Também ajudou a Lutero na sua recepção favorável na Dieta de Worms (1521).
Lutero manteve Spalatino ciente de cada ato seu, lhe escrevendo mais de 400 cartas. Melanchthon também escreveu a Spalatino sobre suas preocupações sobre a Universidade de Wittenberg, preocupações que Spalatino compartilhou com o Príncipe Eleitor.
Em uma típica carta, Lutero escreveu a Spalatino depois que Eck publicou Exsurge Domine, uma bula do Papa Leão X, condenando os ensinos de Lutero. “Esta bula condena o próprio Cristo. Ela não me convoca para uma audiência, mas para uma retratação. Agirei sob o pressuposto de que é apócrifa, embora eu creia que seja genuína... Eu não sei o que o Príncipe fará sem que dissimule. Estou te enviando uma cópia da bula para que você possa ver o Monstro Romano. A fé e a Igreja estão em jogo. Eu me alegro em sofrer por uma tão nobre causa. Não sou digno de tão sagrado teste. Me sinto tão liberto agora quando tenho a certeza de que o Papa é o Anticristo. .. Adeus e ore por mim.”
A partir de 1526 Spalatino participou da visitação às Igrejas e Escolas forjando o estabelecimento da Reforma na Saxônia. E a partir de 1530, trabalhou com Lutero e com Philipp Melanchthon na preparação da Confissão de Augsburgh (1530) que estabeleceu legalmente a Reforma na Saxônia (Atual Alemanha), bem como a formação da Liga Schmalkaldic, uma aliança defensiva dos Príncipes Germânicos concluída em 1531.
Além de traduzir muitos dos escritos de Lutero e Melanchthon para o Príncipe Frederick, Spalatino escreveu numerosos trabalhos históricos. Entre eles, Os Anais da Reforma e A Vida de Frederick III.
Spalatino se casou além de produzir uma farta obra literária Reformada. Ele continuou a trabalhar para a Reforma até o fim da sua vida, embora seus últimos dias tenham se escurecido pela depressão. O fim chegou em 16 de janeiro de 1545, em Altenburgh, Saxônia, um dia antes do seu sexagésimo primeiro aniversário. Lutero teve fartas razões para se alegrar com o fiel e constante apoio de Spalatino.
Georg Burkhardt (Spalatino, Spalatin ou Spalatinus) nasceu em 17 de Janeiro de 1484 em Spalt, na Bavária, perto de Nurenberg, Alemanha. Enquanto estudante, Spalatino estabeleceu contato com humanistas, e seguiu seus costumes escolhendo seu último nome de forma a identificar sua cidade natal - Spalt. Em 1505 se juntou ao círculo de humanistas liderado pelo erudito alemão Mutianus Rufus e no mesmo ano começou a lecionar no Monastério de Geogenthal. Foi ordenado padre, estudou em Erfurt e Wittenberg, sendo um dos primeiros Mestres em Artes a se graduar em Wittenberg,. Foi em Wittenberg que encontrou Lutero pela primeira vez. O Príncipe Eleitor, Frederick III The Wise (o Sábio) da Saxônia, contratou o emergente e jovem erudito com tutor de seus descendentes. Spalatino mostrou tanto bom-senso e erudição que Frederick o fez seu secretário e bibliotecário, ambas prestigiosas e importantes posições, nas quais ele iria aconselhar o Príncipe e pesquisar os registros oficiais e leis. Da corte, ajudava a sua Alma Mater, ou a escola onde se graduou – Universidade de Wittenberg.
Spalatino foi um bom amigo de Lutero e da Reforma
Mesmo que tivesse desejado, Spalatino não poderia escapar das idéias da Reforma, pois estavam no ar que respirava. Erasmo de Rotterdam havia cutucado com humor e ironia os excessos de uma igreja corrupta. Quando Spalatino retornou par Wittenberg em 1511, Lutero (que ainda não tinha cravado suas noventa e cinco teses) o impulsionou a um ritmo de estudo mais aprofundado da Bíblia. Spalatino conseguiu transmitir a sua admiração por Lutero ao Príncipe Eleitor, e em 1518 o persuadiu a proteger Lutero durante a controvérsia sobre as indulgências.
Spalatino foi um defensor da Reforma quando a hora chegou. Historiadores têm concordado com o fato de que a Reforma provavelmente não teria sobrevivido sem a sua ajuda e suporte. Valeram ouro os seus conselhos a Frederick III. Como seu secretário e confidente, conselheiro, bibliotecário, historiador, arquivista e comprador de relíquias, Spalatino foi hábil em falar favoravelmente de Lutero. Frederick era pessoalmente alinhado com a Igreja Romana, mas ao mesmo tempo, deu cauteloso apoio a Lutero.
Uma das manobras políticas de Spalatino em favor do persistente Lutero, foi convencer o Príncipe a negociar com a Igreja a permissão para que o reformador respondesse as acusações da Igreja diante da Dieta (Congresso) Alemã. Graças a isso, Lutero sobreviveu para levar adiante a Reforma. Também ajudou a Lutero na sua recepção favorável na Dieta de Worms (1521).
Lutero manteve Spalatino ciente de cada ato seu, lhe escrevendo mais de 400 cartas. Melanchthon também escreveu a Spalatino sobre suas preocupações sobre a Universidade de Wittenberg, preocupações que Spalatino compartilhou com o Príncipe Eleitor.
Em uma típica carta, Lutero escreveu a Spalatino depois que Eck publicou Exsurge Domine, uma bula do Papa Leão X, condenando os ensinos de Lutero. “Esta bula condena o próprio Cristo. Ela não me convoca para uma audiência, mas para uma retratação. Agirei sob o pressuposto de que é apócrifa, embora eu creia que seja genuína... Eu não sei o que o Príncipe fará sem que dissimule. Estou te enviando uma cópia da bula para que você possa ver o Monstro Romano. A fé e a Igreja estão em jogo. Eu me alegro em sofrer por uma tão nobre causa. Não sou digno de tão sagrado teste. Me sinto tão liberto agora quando tenho a certeza de que o Papa é o Anticristo. .. Adeus e ore por mim.”
A partir de 1526 Spalatino participou da visitação às Igrejas e Escolas forjando o estabelecimento da Reforma na Saxônia. E a partir de 1530, trabalhou com Lutero e com Philipp Melanchthon na preparação da Confissão de Augsburgh (1530) que estabeleceu legalmente a Reforma na Saxônia (Atual Alemanha), bem como a formação da Liga Schmalkaldic, uma aliança defensiva dos Príncipes Germânicos concluída em 1531.
Além de traduzir muitos dos escritos de Lutero e Melanchthon para o Príncipe Frederick, Spalatino escreveu numerosos trabalhos históricos. Entre eles, Os Anais da Reforma e A Vida de Frederick III.
Spalatino se casou além de produzir uma farta obra literária Reformada. Ele continuou a trabalhar para a Reforma até o fim da sua vida, embora seus últimos dias tenham se escurecido pela depressão. O fim chegou em 16 de janeiro de 1545, em Altenburgh, Saxônia, um dia antes do seu sexagésimo primeiro aniversário. Lutero teve fartas razões para se alegrar com o fiel e constante apoio de Spalatino.
1 Comments:
Parabens pela matéria e obrigado por disponibiliza-la.
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